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Ser síndico é padecer no condomínio

Fabiane Birck assumiu o cargo porque ninguém mais quis, mas ela gosta de resolver os conflitos do cotidiano
Fabiane Birck assumiu o cargo porque ninguém mais quis, mas ela gosta de resolver os conflitos do cotidiano

 A tarefa de ser síndico muitas vezes não é nada fácil.

É reclamação para cá, resolver problemas para lá. Mas há quem goste tanto desse cargo que chega até mesmo a se profissionalizar, trabalhando exclusivamente pa­ra o residencial. E, óbvio, no fim do mês recebe salário e isenção na taxa do condomínio. O que é sempre um alívio.

Eduardo Moneta, por exemplo, já está há seis anos nessa “profissão”. Ele reside no condomínio Quinta de Casa Forte, em San Martin, e nunca imaginou que teria o cargo. Mais: que iria se identificar com a nova ocupação. “Eu sempre ajudei na parte administrativa do condomínio com o antigo síndico, sem nenhuma pretensão. Com a saída dele, o cargo ficou vago e eu me candidatei. Tive a maioria dos votos e já estou no meu terceiro mandato”, diz, com orgulho.

eduardo moneta sindico

Moneta, no entanto, admite que não é nada fácil administrar um espaço coletivo, com tantas pessoas diferentes e conflitos acontecendo o tempo todo, o que é comum. “É sempre complicado ter esse cargo que ninguém quer. Claro que são questões pontuais. Com uma boa conversa, todos os problemas se resolvem”, comenta.

Nem todo mundo tem a sorte de Moneta. A síndica Fabiane Birck, que mora no residencial Golden Dream, em Piedade, comanda a administração do prédio há seis meses. Não teve opção: ninguém quis o cargo. “É difícil, primeiro porque existe problemas estruturais, como canos velhos, que estouram sempre, deixando apartamentos alagados. E questões cotidianas, como vagas da garagem ou contas para pagar”, afirmou Fabiane.

Segundo ela, a grande dificuldade de ser síndica é o relacionamento com alguns condôminos. “A rispidez de alguns moradores é o que faz o trabalho ser complicado. Claro que em alguns casos têm razão, já em outros não. Nesse período como síndica já sei como agir diante de uma situação de estresse: escuto o que o morador tem a dizer, espero ele colocar para fora e depois falo. Sempre dá certo, até porque eles são meus amigos, e é só um momento de raiva”, brincou.

O que Moneta e Fabiane têm em comum é o fato de serem pagos. Segundo o advogado Nicolas Coelho, a lei não obriga os condomínios a pagar salários a seus síndicos. “Na maioria dos residenciais, os síndicos só têm direito a isenção da taxa. A questão do salário tem de estar no estatuto do condomínio”, afirmou.

Além de não ter obrigatoriedade de receber, quem exerce a função de síndico não tem direitos trabalhistas ou férias. Em caso de problemas com administração ou casos de corrupção, pode ser tirado do cargo. “O síndico pode ser retirado do cargo a qualquer tempo, mediante a convocação de uma assembleia com um quarto dos condôminos. E na assembleia, maioria simples para destitui-lo”, explicou o advogado Rodrigo Karpat.

Para quem está pensando em se tornar síndico, os dois ouvidos pela reportagem deixam dicas: ter paciência, trabalhar duro e ter ideias para inovar a administração. Sucesso garantido.

Matéria originalmente publicada em FolhaPE

Fonte: Condomínio SC

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